sábado, 23 de agosto de 2014

Só o Fim



Só o Fim

Como posso ser feliz
Se eu não sei com quem andas
Nem em que cama te deitas


sábado, 16 de agosto de 2014

Diálogos Que Complemento



Diálogos Que Complemento

Diálogo na porta de um bar.

-Como está fulano?
-Está bem, segue em tratamento, fará alguns exames para ter certeza do que tem.
-Mas sairá desta, é gente boa.
-Sairá, com certeza, é gente boa sim.

Sempre se espera que o amigo saia desta.
E na verdade um dia todos saímos.
Se doentes, melhoramos ou partimos.
Partir, também é sair desta, mesmo que não seja a esse sair que o amigo se referia.
Amigos quando não nos sabem bem, são assim.
Precisam que saiamos desta.
Seja de uma doença.
De um relacionamento doentio.
De uma dor de cotovelo.
De uma paixão não correspondida.
De um emprego que não nos faz bem.
Eles só precisam que saiamos desta com urgência, com pressa, com maestria, melhores e maiores.
Porque o amigo precisa lhe ver bem.
E nos esforçamos para sair desta, porque precisamos fazer com que o amigo não se preocupe mais com a gente, para também sabe-lo bem.
Bom seria se todos nesta vida tivessem um amigo que ao se referir a ele, terminasse a frase assim.
-Ele sairá desta, é gente boa.
E se dê por abençoado se tiver um outro amigo que não demore a concordar.
-Sairá sim, é gente boa mesmo.
Que saia desta o amigo querido deste diálogo que presenciei.
Que saia como querem os amigos.
Mas se sair partindo, que saia agradecido, por ter ao menos dois amigos que a ele se referem assim.
-É gente boa sim.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Como ?


Como?

E na ânsia de achar-te
E na angústia de me encontrares
Nos procuramos em tantos lugares
Que chegamos à nos perder
E perdidos ainda estamos
Falamos, falamos
Mas como nos entender?

domingo, 3 de agosto de 2014

Volta à Poesia





Iniciei meu primeiro blog Iara Poesias com este texto, bem estou tentando reaver meu domínio, mas enquanto isso vou postando minhas poesias por aqui.
Porque a grande verdade é que ando com muita saudade deste mundo.
Porque a grande verdade é que preciso voltar novamente a este mundo.
Porque a grande verdade é que não sei viver sem poesia.
Porque a grande verdade é que SOU POETA SIM.


SOU POETA SIM


Sou poeta sim, só não tenho tempo livre, pra deixar que sobreviva o poeta que existe em mim. Sou poeta sim, nem tudo que escrevo possui destinatário certo, ou diz algo sobre mim. Mesmo que muitas vezes, possa ver nome e sobrenome num poema escrito assim. Sou poeta sim, mas as vezes me falta tempo pra deixar que sobreviva, o poeta que habita em mim. Mas existe aqueles dias, que todas as outras coisas não tem sentido para mim, vivo somente poesia e não tem como abafar, o poeta que mora em mim. Dizem que o poeta tem mania de ser triste, adora falar em solidão. Mas que culpa tem o poeta, se os poemas mais bonitos nascem na saudade, ou numa grande desilusão. Sou poeta sim, mesmo que as vezes negue, ou até tente acabar com a poesia que mora em mim.Existe aqueles dias, que a brasa vira fogo, e não posso mais negar, que para mim sempre é mais fácil escrever do que falar. Sou poeta sim, e por ser só sentimento e viver com o coração, também sei não ter direito de transformar em poesia, toda a dor que há em meu peito. Por isso meus poemas, talvez aqueles mais profundos, nasçam em momentos assim, quando o poeta sufocado, já morto de cansado, sobreviva até a mim. E escondendo endereços, sobrenomes e nomes afins, faz em mim as poesias mais bonitas que conheço. Mesmo que eu insista, em deixar bem escondido, no meu peito reservado, no coração entristecido, a saudade que habita em mim.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Quantas Páginas Tem o Livro?


Talvez não devesse, mas algumas coisas ainda me surpreendem
Eu estava na rodoviária de Igrejinha/RS, esperando minha amiga Jane que ia me buscar, e ouvindo a conversa de três jovens (22,23 anos por aí), que esperavam o ônibus para ir pra Taquara.
Uma delas estava com o livro 50 Tons de Cinza, dizendo que tinha começado a ler naquele dia.
Uma das meninas olha para o livro e dispara a frase que já ouvi tantas vezes, mas ainda me surpreende.
 -Quantas páginas tem esse livro?
A outra responde. - Nem sei.
E lá vem o complemento perfeito pra pergunta.
- Eu nunca ia ler um livro desses, é muito grosso. A primeira coisa que faço quando pego um livro é ver quantas páginas tem, se forem muitas nem leio.
PQP gente, isso será eterno?
Fico me perguntando, quantas páginas precisa ter um livro para ser lido por tamanha inteligência?
Duas, três, quarenta? Que número de páginas é o ideal afinal.
Quando conseguiremos acabar com esta doença infiltrada na cabeça das pessoas, escolher o livro pelo número de páginas e não pelo conteúdo.
Me aborrece isso, e muito porque mostra que a cultura não está evoluindo em nosso país, que as campanhas (sei que são mínimas), para que se leia mais não estão tendo êxito, que ficaremos ainda por anos e anos naquela colocação horrível de país que lê pouquíssimos livros por ano.
Porque a média de livros que o brasileiro lê por ano é 04, está nesta pesquisa aqui, pesquisa O Globo Educação.
Já é uma média baixa, e sempre existe as questões, tem pessoas que leem 20/30 livros  ano, então sabemos que algumas pessoas estão lendo menos 16/26 livros ano.
E se ainda formos levar em conta as pessoas como a jovem em questão que escolhe o livro pelo número de páginas, talvez devemos pensar que algumas pessoas leem 04 livros sim, mas de 20 páginas no máximo.
Não estou querendo dizer que livro de poucas páginas não tem qualidade ou não são bons livros, mas que está na hora de mudar esta tipo de pensamento.
Porque era uma menina que falava estes absurdos, então ela passará isso aos filhos dela, que provavelmente passarão aos netos.
E contando só assim, já são mais três gerações de não leitores ou de leitores de livros finos.
E assim continuaremos a nos perguntar.
Quando o BRASIL será o país do presente afinal?
Porque desta maneira, não seremos nem o país do futuro em breve.
E na minha opinião só mudaremos nosso país com muita leitura, que significa cultura e que unindo se resume no que mais precisamos para evoluir. EDUCAÇÃO.




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Humildade




"Humildade vem do latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é considerada pela maioria das pessoas como a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas. Características como cordialidaderespeitosimplicidade e honestidade, embora sejam frequentemente associadas à humildade, são independentes. Portanto, quem as possui não precisa necessariamente ser humilde.
Muito confundida com Modéstia, pode ser exatamente o contrário, o modesto tem falta de ambição, a humildade pode estar no ato de reconhecer que em determinado momento estamos sendo ambiciosos ao invés de gananciosos.
Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde; quem se vangloria mostra simplesmente que humildade lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.
Por humilde também se pode entender a personalidade que assume seus deveres, obrigações, erros, culpas e limitações sem resistência. Assim, se pode dizer que a pessoa ou indivíduo "assume humildemente"."

Inicio este texto com o conceito de humildade que está no Wikipédia, para que todos entendam que humilde não é aquele que nada quer de melhor para sua vida, que se contenta com pouco, mas sim que humilde é aquele que luta e quer vencer pelas próprias forças e capacidades sem pisar ou diminuir alguém. E que principalmente humilde é aquele que " assume seus deveres, obrigações, erros, culpas e limitações sem resistência". E talvez por isso, acima de todas as coisas tenha o direito de cobrar que os outros ajam da mesma maneira.

Tenho assistido diariamente a falta de consideração com as pessoas menos favorecidas financeiramente, pessoas essas que na verdade movem a economia, uma empresa, a cidade, o país. Tenho visto e escutado coisas que eu não gostaria, e me pego estarrecida ao ver que algumas pessoas simplesmente não conseguem pensar no outro. No momento que o delas está garantido, que o delas está salvo, no bolso literalmente, saem em disparada e esquecem qualquer responsabilidade e compromisso assumido com o próximo. Não entendo, não aceito e não quero ser assim algum dia. Isso me revolta, me entristece, literalmente saio do salto, perco a pose, a compostura e falo o que a raiva do momento me traz a cabeça.
Sei que isso tem (e com certeza verei em breve) um preço, mas como também já sei que em alguns lugares as pessoas são escolhidas não pela competência ou capacidade e sim pelo puxa-saquismo e delação inventada, não me assusto com o preço que virá. Somente sei o seguinte, não vou me corromper, nem passar por cima de princípios que meus pais me ensinaram, não apunhalarei meus pais pelas costas ficando calada e compactuando com atitudes tão mesquinhas e baixas. Toda vez que se faz algo, ou melhor que não se faz algo e tentamos culpar outro por isso, fugindo de uma responsabilidade que sabemos ser nossa, acredito que andamos muitos passos para trás, e mesmo que se acredite que naquele momento o jeitinho fácil de resolver a questão nos fez bem e saímos impunes de um erro, no futuro a vida cobra. A vida sempre cobra. 
Hoje foi um dia atípico, tive diversas dúvidas, medos e ao mesmo tempo comprovações de minha capacidade me foram entregues de bandeja, como se a pessoa soubesse naquele momento o quanto eu me sentia em dúvida e receosa em relação ao futuro. Fiquei pasma realmente com a capacidade que o universo tem de mostrar à você que a vida segue mesmo que tudo pareça meio estranho ou perdido. 
Desculpem, sei que este texto não faz muito sentido pra vocês, mas não esqueçam, são as coisas que vejo e aprendo por aí, e se por motivos éticos não as detalho, as pincelo assim, em palavras que podem parecer meio perdidas, mas servirão para que eu lembre no futuro que a HUMILDADE com certeza é a melhor arma para chegar aonde se quer chegar.





domingo, 3 de fevereiro de 2013

O Elo Partido



Ontem fui ao aniversário de uma amiga do curso de Decoração num Pub aqui em Porto Alegre, um ambiente bom, musica anos 70/80 (não que eu conhecesse alguma, mas gostei. kkkk), confesso que o som alto demais me incomodou um pouco e mais uma vez me convenci que realmente não nasci pra balada.
Mas gostei, tinha pouca gente, foi um bom  programa.
Como sempre não consigo perder a mania de prestar atenção nas pessoas à minha volta e ficar fazendo minhas análises silenciosas das relações humanas.
Bem ao nosso lado estava um casal cujo comportamento me chamou atenção.
Os dois sentados lado a lado, ela braços cruzados, ele mãos entrelaçadas no próprio colo, não se olhavam, não se falavam, simplesmente estavam ali.
Havia um vazio enorme entre eles, mesmo estando tão perto um do outro.
Hoje pela manhã saindo de casa ouvi mais uma discussão de um casal de vizinhos, com direito a palavras como "idiota" e coisas mais.
E voltando a mania de analisar, juntei o comportamento dos dois casais, um estava num lugar de diversão, o outro em sua casa, mas o vazio enorme era lugar comum para os dois.
A pergunta que me vem a mente é: Por que as pessoas se permitem viver assim? Onde ficou o afeto, o carinho, o amor e o companheirismo do inicio da vida?
Se chegam a este ponto nem amizade existe mais, então por que insistem em permanecer juntas?
Comodismo, medo da solidão, costume? Não encontrei a reposta.
Mas a constatação é triste, quando duas pessoas se unem, é como se formassem uma corrente com elos  inseparáveis, em algum momento elas permitem que um elo se quebre, mas por algum motivo não deixam que a corrente se solte.
Há algo estragado ali, falta diálogo, carinho, afeto, falta o que de melhor existe num relacionamento, o prazer de estar junto, lado a lado, verdadeiramente.
Falta os olhos nos olhos, mãos entrelaçadas, suspiros, aconchego, cumplicidade e amor.
Falta tudo o que se espera de uma união, falta o motivo pelo qual as pessoas se unem, mas por insistência ou covardia, elas seguem arrastando a corrente, já não é mais um prazer, é um peso, já não é mais uma união é uma prisão.
Em algum momento no decorrer da vida a dois eles se perderam, se voltaram pra dentro de si próprios e permanecem juntos mas não estão mais juntos em nenhuma ocasião.
Não digo que deveriam se separar simplesmente, mas acredito que pelo menos poderiam tentar rever a situação. Porque se é para viver assim, juntos e separados, unidos e em completa solidão, acredito que o melhor seja viver sozinho.
Muitas vezes precisamos ficar sós para descobrir o quanto é interessante nossa própria companhia, e reaprender a nos amar novamente.
Creio que mesmo amando uma pessoa, se não é mais possível viver junto, o melhor é realmente a distância.
Ainda acredito em amor eterno, verdadeiro, mas se elos se partirem desta maneira que fique somente o sentimento no coração e o vazio que ficaria entre duas pessoas juntas, seja preenchido pelo prazer de viver consigo mesmo.
Ninguém precisa de outra pessoa para simplesmente estar, precisamos de alguém para amar.